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José Altamirano
José Altamirano08/07/2021 15:59
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Aceleração GFT

  • #GCP
  • #Scrum

ACELERAÇÃO GLOBAL GFT

A Aceleração Global GFT, promoveu através de palestras em Inglês, o compartilhamento de conhecimento por profissionais com enorme bagagem em tecnologias de Cloud e metodologias Agile. Tecnologias utilizadas largamente na GFT, empresa de origem alemã especializada em desenvolvimento de soluções personalizadas, principalmente para o Setor Financeiro, mas também em Indústrias Automotivas e de Manufatura.

MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA COM CLOUD E SCRUM

Meu primeiro contato e experiência com Cloud, foi a partir de 2010, durante minha última experiência profissional CLT. A Unidade de Negócio dava seus primeiros passos, apostando em atrair novos clientes para um segmento que se tornaria tendência nas empresas, a área de Compliance, e por possuir o conceito e a base de um sistema que se tornaria o carro chefe da empresa, buscava alternativas para os altos custos de manter uma infraestrutura de sistemas para atender grandes clientes potenciais. Nessa época já surgia a ideia de se hospedar os sistemas, incluindo serviços de mensageria, em servidores Cloud, sendo que o principal fornecedor destes serviços na época era a AWS e havia no mercado como um todo certa desconfiança principalmente em relação à segurança das bases de dados. Essa desconfiança foi naturalmente superada com o tempo, verificamos que a plataforma AWS oferecia mais Know How e segurança que a infraestrutura que tínhamos na época, portanto passamos a destacar isto e outros fatores (como escalabilidade, acessibilidade e disponibilidade) como diferenciais aos clientes.

Os sistemas Front End e Back End eram desenvolvidos por empresa terceira e utilizávamos a metodologia Scrum. Tínhamos muita interação com eles, durante todo o processo de desenvolvimento, desde a criação e descrição dos requisitos, passando por testes (funcionais, aceitação) até o processo de implantação em Produção.

PANDEMIA X SOFT SKILLS

Os efeitos da Pandemia forçaram mudanças nas empresas e vejo que as Soft Skills mencionadas na primeira palestra pelo Carlos Mattos, e que vinham sendo mais buscadas e desenvolvidas em profissionais, se tornaram ainda mais necessárias em tempos de Home Office. Começando por resiliência e passando por ótima comunicação, auto motivação, inteligência emocional, colaboração entre outras, profissionais com estas qualidades estiveram muito melhor preparados para atuar nas mudanças e desafios que surgiram nos regimes de trabalho.

GOOGLE CLOUD PLATFORM

Sobre os aspectos relacionados ao Google Cloud Plataform, ou GCP, que particularmente eu não conhecia de perto, as apresentações foram muito esclarecedoras, abordando conceitos fundamentais e também colocando a mão na massa. A seguir comento alguns tópicos que mais me marcaram.

A palestra de Adelson Smania abordou um pouco da história da Cloud Computng, exemplos de que pode ser feito em Cloud, Características, tipos de Serviços que podem ser hospedados, além de exemplos, ou Cases. O que me chamou atenção foram as características que fundamentam a tecnologia, a saber:

· On demand sef-service: auto atendimento sob demanda, através da plataforma você contrata os recursos de que precisa;

· Broad network access: usuários podem acessar sua plataforma de qualquer lugar do mundo que possua conexão com Internet, e você como Administrador pode acessar a GCP e verificar informações como quantidades de máquinas rodando, números de usuários conectados, entre outras.

· Resource Pooling: se por exemplo você precisar de uma nova máquina, você pode facilmente alocar uma, duas ou mais máquinas de que precisar através da plataforma;

· Rapid Elasticity: na mesma linha do item anterior e acrescente a rapidez com que isso pode ser feito, aumentando ou diminuindo recursos, algo que é comum em Cloud Computing;

· Measured Service: você paga somente pelo recurso que utilizar, e sabe exatamente o que vai pagar, é disponibilizado um relatório detalhado sobre seus custos mensais, ajudando a controlar e entender como está sendo usada sua infra;

· Simple Maintenance: não é preciso, por exemplo, parar uma máquina para instalar mais memória, pela plataforma você solicita a quantidade de memória adicional que precisa e ela entrega isso a você sem interromper seus serviços.


Em outra Live Bruno Tinoco explorou os benefícios do Serverless, que torna mais simples e rápido o desenvolvimento e implantação de uma aplicação, além de descrever os produtos Serverless oferecidos pela GCP e suas características:

· App Engine: Platform as a Service (PaaS), gerencia infraestrutura de aplicações que respondem a requisições HTTP;

· Cloud Run: Container as Service (CaaS), você trás seu próprio Docker ou imagem OCI e ele é gerenciado pela GCP;

· Cloud Functions: Function as Service (FaaS), você pode escrever pequenos fragmentos de código que respondem a eventos.


Também demonstrou como criar, testar e implementar em Produção, um projeto através da plataforma GCP. O mini projeto que contou com a participação dos espectadores, ao clicarem no link disponibilizado criando requisições, demonstrou como funciona uma Aplicação Serverless, que recebe diversas requisições e vai incrementando um contador.

Tivemos ainda o Daniel Amaral explorando a solução de Banco de Dados como Serviço (DBaaS), abordando conceitos de Bancos de dados Relacionais (SQL) e Não Relacionais (NoSQl), além de Michiel Van de Pas que demonstrou profundo conhecimento e habilidades em várias plataformas de Cloud (GCP, Azzure, AWS e outras).

AGILE

Meetup muito proveitoso com Manoel Medeiros, que contou sobre sua experiência em Agile, passando conceitos e respondendo questões sobre esta metodologia de desenvolvimento de software.

Comentou sobre usar iterações e abordagem incremental para maximizar entrega de valor aos clientes. Entendo que a cada iteração realizada, que também pode ser chamada de sprint, isso vai acrescentando um novo detalhe ou parte que não havia sido desenvolvida, isso vai trazendo evolução ao projeto. A abordagem incremental seria a divisão das funcionalidades definidas em conjuntos menores, desenvolvendo e entregando um conjunto de funcionalidades de cada vez.

Uma equipe Agilista deve ter todas as habilidades e skills, necessárias para entregas de valor, tais como Análise, User Experience, Desenvolvimento, Testes, Implantação, entre outras e é necessário pensar em todo o ciclo de vida de um Produto para identificar os elementos e disciplinas que devem estar presentes em times Agilistas.

Um dos questionamentos feitos foi como a metodologia Ágil, poderia contribuir nas equipes de desenvolvimentos em um ambiente onde muitas vezes não se sabe exatamente qual o caminho correto a ser seguido.

Manoel comentou que é importante reconhecer que vivemos em tempos de incerteza em um mundo digital com intenso cenário competitivo onde se tem pouco tempo e às vezes seu cliente não sabe exatamente o que quer, e isso por que as necessidades que ele tem podem mudar com o passar do tempo, assim torna-se difícil prever o futuro e fazer a coisa certa logo de início. Precisamos ter uma abordagem empírica, testar e liberar uma primeira versão do produto e então obter um feedback do Cliente, saber se essa solução realmente o atende e através deste feedback lançar uma nova versão da solução e assim por diante. Esse ciclo iterativo, ou abordagem empírica, ajuda a viver neste cenário complexo onde não se pode prever tudo e não se tem todas as respostas de imediato.

Noto que este conceito da metodologia Scrum pode não ser bem compreendido em empresas que não possuem certa maturidade em termos de desenvolvimento. Como mencionou Manoel, vivemos um cenário digital muito competitivo, e entre outras coisas existe grande pressão feita nas equipes de Desenvolvimento para entregas em prazos recordes onde tudo funcione perfeitamente, portanto é necessário criar processos que garantam a qualidade dos produtos em desenvolvimento. Segundo Bartié (2002), as empresas já entenderam que fabricar softwares “não adequados”, além de prejudicar a imagem da organização, aumenta significativamente os custos de desenvolvimento. Isso consome a rentabilidade dos projetos de software, além de ampliar os riscos de insucesso dos projetos existentes.

Fica aqui meu agradecimento à GFT e Digital Innovation One, pela Aceleração e conhecimento compartilhado! Espero poder escrever mais artigos em breve 😊.

www.linkedin.com/in/josemiguelgana/

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